quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Saúde: A Depressão

A Depressão
Sentir-se “pra baixo”, de vez em quando, é normal. Mas algumas pessoas sentem uma tristeza que simplesmente não passa. A vida parece sem sentido e sem esperança. Quando se têm sentimentos assim durante a maior parte do dia, por duas semanas ou mais, é um sinal de depressão grave. Quem sofre de depressão parece ter estagnado, não encontra forças para enfrentar o quotidiano e chega a pensar que a vida não tem qualquer significado. Lidar com uma pessoa deprimida não é fácil, mas também não é impossível.

O quê fazer?
O primeiro passo é reconhecer a depressão. O segundo é buscar ajuda. Se você tem se sentido muito triste, “pra baixo”, veja se tem algum destes sintomas:

1. Perda de prazer - Você não se interessa mais por coisas que costumava gostar de fazer;
2. Mudança no padrão de sono - Você está tendo dificuldades para adormecer, pode acordar várias vezes durante a noite ou querer dormir mais do que o usual, mesmo durante o dia;
3. Despertar precoce - Você pode acordar mais cedo do que o usual e não conseguir voltar a dormir;
4. Mudança no apetite - Você come mais ou menos do que costumava fazer, levando a ganho ou perda de peso em pouco tempo;
5. Dificuldade de concentração - Você não consegue assistir um programa de TV inteiro ou ler um artigo ou jornal porque outros pensamentos ou sentimentos atrapalham;
6. Perda de energia - Você se sente cansado o tempo todo;
7. Nervosismo - Você sempre se sente tão ansioso que não consegue parar quieto;
8. Culpa - Você acha que “nunca vai fazer nada certo” e se preocupa em ser um peso para os outros;
9. Tristeza pela manhã. - Você se sente pior de manhã do que no resto do dia;
10. Pensamentos de morte - Você pensa toda hora em morte ou sente vontade de morrer ou pensa em formas de se ferir.

Se você apresentar três ou mais destes sintomas ou se tiver apenas um ou dois, mas tem se sentido mal por duas semanas ou mais, é hora de buscar ajuda.

Buscando ajuda
Se você está com sintomas de depressão, não os guarde só para si. Antes de qualquer coisa, fale sobre eles com seu médico.

1.Compreender a doença. A depressão é uma doença como qualquer outra e a melhor forma de lidar com uma pessoa deprimida é saber exactamente quais os efeitos que a depressão causa no doente, o que este sente e qual a melhor forma de lidar com tudo isso. Ler muito sobre o assunto, acompanhar a pessoa deprimida ao médico, participar em comunidades reais ou virtuais são as principais formas de compreender a depressão e saber dar resposta às angústias e necessidades da pessoa deprimida. Não saber o que é uma depressão e de que forma se manifesta, dificulta a compreensão dos comportamentos da pessoa deprimida.

2.Apoio emocional. A depressão não é uma doença que passa de um momento para o outro, ou seja, demora tempo a passar – meses e, em alguns casos, até anos. Durante esse tempo, aquilo que a pessoa deprimida mais necessita – para além do acompanhamento médico – é o apoio emocional de quem a rodeia. Compreensão, paciência e carinho são os factores chaves para quem está a cuidar de uma pessoa deprimida. Mostre empatia, seja um bom ouvido, dê muitos abraços e, quando na dúvida sobre o que fazer ou dizer, pergunte sempre: “como posso ajudar?”.

3.Saber distinguir a pessoa da doença. É muito difícil lidar com e ajudar uma pessoa deprimida, principalmente quando ela expressa emoções tão intensas como a tristeza, pessimismo, raiva e frustração. Faça os possíveis para se lembrar que é a doença que está a falar e não a pessoa. Evite tentar convencer a pessoa deprimida que aquilo que sente não é real e que ela pode simplesmente “animar-se” para que isso passe. Em vez de dar conselhos e sugestões, mantenha-se neutro, ouça e ofereça-se para ajudar naquilo que for preciso.

4.Delinear um plano. Ninguém pode ficar sentado em casa à espera que uma depressão passe por si só ou que os medicamentos façam o seu efeito de um dia para o outro – se assim for, ela nunca desaparecerá. É preciso delinear um plano de acção em conjunto com a pessoa deprimida: é preciso saber quais são as coisas que parecem piorar a depressão e evitá-las, mas também perceber quais as actividades que dão um novo alento à pessoa deprimida e repeti-las. Outros cuidados básicos que podem melhorar a qualidade de vida de uma pessoa deprimida passam pela toma adequada e atempada dos medicamentos, fazer uma dieta alimentar saudável, dormir o suficiente, praticar exercício físico, participar numa terapia individual ou de grupo e ter algum tipo de agenda social. A depressão não precisa de ser uma doença incapacitante e é preciso vencê-la, um passo de cada vez.

5.Tempo de qualidade juntos. É crucial que a depressão não domine a vida da pessoa deprimida e nem a daquelas que diariamente convivem com essa pessoa. Quais são as coisas que normalmente fazem juntos? Façam-nas! Quantas mais vezes, melhor. A diversão é um dos melhores remédios para a depressão. Num estado de depressão é extremamente importante manter uma vida o mais normal e optimista possível. Normal é bom – não deixe que a pessoa deprimida coloque a sua vida em standby por causa da depressão.

6.Tarefas diárias. Para uma pessoa deprimida, até os gestos e rotinas mais mundanas do dia-a-dia se tornam um enorme suplício – tudo custa, tudo é demais, tudo é fonte de stress e não apetece fazer nada. Uma das formas mais simples de apoiar uma pessoa deprimida é ajudá-la com as suas pequenas tarefas diárias: pode ser algo tão simples como ir buscar os miúdos à escola, ajudá-lo a fazer o jantar, na limpeza da casa ou fazer as compras de supermercado. Ficará surpreendido com o efeito positivo que este tipo de acção terá numa pessoa deprimida, que se sentirá imediatamente mais aliviada.

7.Sair de casa. Uma pessoa deprimida tem uma enorme tendência para se desligar do mundo e fechar-se em casa, o que só dificulta ainda mais a situação. Quanto mais tempo a pessoa deprimida se isolar, mais difícil será ela voltar ao “mundo real”. Só o facto de estar ao ar livre e a apanhar sol já é extremamente benéfico para uma pessoa deprimida, mas pode ainda juntar a isso uma pequena caminhada, uma tarde de jardinagem, um almoço fora ou uma sessão de cinema com um grupo de amigos mais íntimos. Pode custar inicialmente, mas este tipo de actividades são uma lufada de ar fresco para a pessoa deprimida.

8.Cuidar de si. Quem cuida de uma pessoa que está doente, também precisa de se cuidar, caso contrário pode facilmente ficar fisicamente exausto, emocionalmente desgastado e com elevados índices de ansiedade e stress. É crucial que quem cuida de uma pessoa deprimida não concentre cada minuto do seu dia nessa pessoa, no seu estado e nos seus problemas – é necessário que continue a fazer a sua vida normal, sem descurar os momentos de lazer, sem sentimentos de culpa. Se sentir que já não consegue mais ou que precisa de uma pausa, peça apoio a um familiar ou amigo e descanse durante uns dias. Se não estiver em plena forma, não será grande ajuda para a pessoa deprimida.

Pode haver causas físicas para a sua depressão: Outras causas físicas de depressão podem incluir:

•Abuso de álcool ou drogas;
•Problemas da tiróide;
•Efeitos colaterais de algumas medicações - Mas ATENÇÃO, não pare de tomar a medicação sem falar com seu médico. Ele poderá ajudá-lo a descobrir se existe um problema físico na raiz dos seus sentimentos de tristeza.

Se o seu médico descartar causas físicas, ele vai encaminhar você a um especialista que pode ser um psiquiatra ou um psicólogo. Na verdade, muitos médicos já trabalham em conjunto com profissionais de saúde mental, formando uma equipe para tratar melhor as pessoas com diabetes.

Os profissionais de saúde mental podem ajudar você a atravessar esta fase difícil de depressão. O melhor tratamento, comprovadamente, é o integrado, que combina psicoterapia com medicação antidepressiva, embora em alguns casos, esta não seja necessária.

A terapia psicológica com profissionais bem treinados pode ajudar a enxergar os problemas que causam a depressão. A psicoterapia também ajudará a encontrar, lidar com, ou resolver o problema. A psicoterapia pode ser breve ou de longa duração.
Converse com o terapeuta para saber como ele trabalha e como será, especificamente, o seu tratamento. Para que a psicoterapia funcione, é muito importante que você se sinta à vontade com o profissional para poder falar sobre este e qualquer outro assunto. Portanto, você deve ter certeza de que se sente bem com o terapeuta que escolher.

Se for recomendável usar medicamentos, você deverá se consultar com um psiquiatra. O psiquiatra é um médico com treinamento especial para diagnosticar e tratar problemas emocionais de qualquer natureza. Os psiquiatras são os únicos profissionais de saúde mental que podem prescrever medicações e tratar o lado “químico” da depressão.

Se você concordar em usar uma medicação antidepressiva, pergunte ao seu psiquiatra e ao seu médico sobre os efeitos colaterais, incluindo como a medicação pode afetar a glicemia. Não se assuste, já existem muitos remédios que causam poucos ou nenhum efeito colateral e que não afetam a glicemia. O importante é conversar com os médicos sobre isso, para não ficar com um medo desnecessário. Outro ponto importante é ter certeza de que o médico psiquiatra estará disponível quando precisar dele.

Se você tem sintomas de depressão, não espere muito para buscar ajuda. Se seu médico não puder lhe indicar um psiquiatra, contate a associação de psiquiatria do seu estado ou o departamento de psiquiatria de alguma faculdade de medicina. 

Pesquisa: http://cuidamos.com/artigos/8-dicas-para-cuidar-pessoa-deprimida e do tiojuliao.diabetes.org.br/Ana_Lyse/Dicas_psico.../psic04.php

a.ninhamendonca@blogspot.com

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