Resgatar
e valorizar o trabalho dos sapateiros. Este é o objetivo do ‘Projeto
Fênix’, lançado pela prefeitura de Itabaiana, através da secretaria de
Indústria, Comércio, Esporte, Serviços, Lazer e Turismo. Com o objetivo
de identificar e propor soluções para os problemas que impedem os
sapateiros itabaianenses de prosperar, foi realizada na última
quarta-feira, 26, reunião entre trabalhadores do setor, representantes
do Serviço Brasileiro de Apoios às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e
estudantes do curso de Administração da Universidade Tiradentes (Unit).
“Trabalhamos
para que todas as atividades econômicas da cidade tenham reconhecimento e
apoio. O que estiver ao nosso alcance será feito para que o
empreendedorismo itabaianense seja reconhecido, numa forma de
garantirmos geração de emprego e renda de forma sustentável”, disse o
prefeito Valmir de Francisquinho.
De acordo com o
secretário Altamiro Brasil, os parceiros do projeto ajudarão os
profissionais na criação e desenvolvimento de suas empresas. “Para
viabilizar este projeto é necessário mostrar os caminhos e ensinar como
gerenciar o negócio, andar com as próprias pernas. Pensamos em dar
autonomia a estes profissionais para eles criarem pequenas empresas ou
associações que fortaleçam a categoria. Dessa forma eles serão
referência no setor”, salientou.
O sapateiro José
Carlos Silva Rosa aproveitou a oportunidade e desabafou: “Nós temos
orgulho do nosso trabalho, mas nossas ferramentas não são suficientes.
Vamos ao armazém comprar a matéria prima, depois vendemos ao mesmo
armazém nosso material a baixo custo. E esse mesmo produto tem seu preço
muito elevado para a revenda. Sempre saímos no prejuízo. Só os grandes
lucram. É a primeira vez que um gestor olha para nossa categoria, que se
movimenta para nos ajudar”, disse o sapateiro, reconhecendo o
ineditismo da ação.
Para dar um
direcionamento a esta atividade profissional, o município contará com o
apoio do Sebrae e dos estudantes da Unit. “No caso do ‘Projeto Fênix’, o
primeiro passo é que a categoria se una. Assim eles podem se capacitar,
buscar conhecimento e instrução para que o negócio dê certo. É de suma
importância que os sapateiros formalizem suas empresas. Eles produzem,
mas não contribuem com nada que possa lhes trazer benefícios futuros,
como a aposentadoria. Se ficarem doentes, eles não têm direito a auxílio
doença. Vamos nos somar a este projeto”, informou o representante do
Sebrae, Willen dos Reis.
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