terça-feira, 2 de abril de 2013

Casa de Acolhimento Nosso Lar trabalha para livrar jovens itabaianenses das drogas

Uma ação humanitária. Assim pode ser definido o trabalho realizado pela Casa de Acolhimento Nosso Lar, unidade ligada a secretaria de Saúde do município de Itabaiana e que cuida de pacientes que necessitam de tratamento por conta de terem sido usuários de drogas em processo de recuperação.

“Nós entendemos que a prevenção é o melhor caminho, pois se os nossos jovens estiverem conscientes dos riscos que a droga oferece, com certeza eles nem se envolverão. Mas aqueles que, infelizmente, tiveram algum contato com isso, não podem ficar desamparados. E por isso que o trabalho desenvolvido pelo acolhimento tem nossa atenção prioritária”, garantiu o prefeito Valmir de Francisquinho, ressaltando que o que está ao alcance do município é realizado. “O tratamento, desde a atenção médica até a alimentação, por exemplo, tem que ser sempre do melhor”.

A diretora da Casa de Acolhimento Nosso Lar, Wilma Santos, explica como é o funcionamento da unidade. “Trata-se de uma parceria entre o Caps Ad e o Acolhimento, com o cadastro sendo feito pelo Caps. Daí o usuário é encaminhado para nós, onde temos avaliação por psiquiatra, psicólogo, assistente social, enfim, é todo um projeto voltado para os dependentes químicos”, frisou a diretora, ressaltando que o número possível de atendimentos, atualmente, é de 10 acolhidos, que recebem toda a assistência necessária, ficando em tratamento por um período de até seis meses sob os cuidados de um total de 6 profissionais.

“Até a alimentação é garantida pela secretaria de Saúde, com café da manhã e quentinhas servidas no almoço e na janta, todos os dias”, destacou Wilma Santos. Aliás, essa questão alimentícia é uma prioridade da Saúde municipal também na Residência Terapêutica, no Caps Ad, no Caps I e ainda nos finais de semana, como suporte para as equipes que realizam curativos no Posto de Saúde Souto Diniz e Sesp. “Fornecemos de 60 a 80 quentinhas diariamente nessas unidades. Mas não se trata apenas da alimentação. É a atenção dada aos que precisam dos nossos serviços que faz a diferença”, avaliou a assessora de comunicação da Saúde, Ana Mendonça.

E todo esse serviço tem tido uma repercussão positiva dentre os acolhidos, a exemplo de Ismael de Jesus, há dois meses sendo atendido. “Eu estava sofrendo com o uso da droga, perdi mulher, família e só não perdi a vida porque Deus não deixou. Não vou dizer que é fácil sair da droga, mas, com fé em Deus, eu vou conseguir”, disse o acolhido pela instituição, destacando o trabalho realizado no local. "Aqui a gente tem remédio, alimentação, lazer, atividades como desenhar, temos médicos, dentistas, enfim aqui o atendimento do pessoal é ‘10’”.

Quem também está no acolhimento há cerca de dois meses, mas trabalhando junto aos acolhidos, é a assistente social Emília Millet, que ressalta a qualidade da ação desenvolvida. 

“É um problema difícil essa grande catástrofe que é o crack. É preciso muita força de vontade para superar. Mas aqueles que estão conosco a gente já sente um avanço, seja na fala, seja na saudade da família que eles sentem e na vontade de se reinserirem no mercado”, destacou a assistente, deixando um conselho aos que enfrentam em suas famílias problemas semelhantes. “Primeiro de tudo: nunca abandonar o dependente. Se a gente que tem família não acolher, a rua só vai atirar pedras. E que a família busque os órgãos responsáveis. E como aqui nós temos os Caps, que os familiares busquem o apoio, pois Itabaiana hoje é privilegiada por ter essa Casa de Apoio”, finalizou.

fotos: Jedilson Messias

Nenhum comentário:

Postar um comentário