“Política
é algo simples. É só cada parlamentar sentar,
olhando nos olhos um do outro, e dizer: a Universidade do Sertão vai
sair”, considera
o advogado Antônio Neto, vice-presidente do PSDB/SE, quando o assunto é
criar
um campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS) no sertão sergipano.
Essa é uma reivindicação antiga da região, e que atenderia estudantes de
no mínimo quatro Municípios - Canindé do São Francisco, Poço Redondo,
Nossa Senhora
da Glória e Monte Alegre, mas que, segundo Antônio Neto, ainda não conta
com motivação
política de entendimento para que se torne em realidade.
“Vamos acabar com esse coronelismo de que o político tal é o
pai da criança. Isso parece um circo. Estamos no século 21, precisamos renovar
a forma de fazer política. Enquanto os jovens do sertão estão deixando de
ingressar em uma universidade devido as dificuldades de deslocamento para a
capital e outros polos, na política não se vê entendimento, mas sim disputa
eleitoreira. Para que a Universidade do Sertão saia, e a educação seja mais
acessível ao sertanejo, é preciso que se deixe de lado a política de partidarismo
apenas”, considerou Antônio Neto.
Neto destacou, na mesma linha, a necessidade de readequação
das receitas dos Municípios, para que o desenvolvimento local flua de
forma mais efetiva. “Não faz o menor sentido um prefeito voar dois mil
quilômetros até Brasília, para, de forma humilhante, ir ao ministro ou ao deputado
pedir emenda. A coleta de lixo, a varredura de rua, a merenda escolar são
serviços do Município, então os recursos têm que ser do Município para que os
serviços não parem. Essa centralização em Brasília não ajuda”, ponderou ele.
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